A ansiedade e a preocupação da ansiedade generalizada são tão extremas que são difíceis de controlar. Além disso, a pessoa experimenta três ou mais dos sintomas seguintes: inquietação, cansaço fácil, dificuldade em concentrar-se, irritabilidade, tensão muscular e alteração do sono. As preocupações são bastante naturais; entre as mais frequentes encontram-se as das responsabilidades no trabalho, o dinheiro, a saúde, a segurança, as reparações do carro e os trabalhos diários. A intensidade, a frequência ou a duração das preocupações são desproporcionadamente maiores do que as requeridas pela situação.
A ansiedade generalizada é frequente: cerca de 3 % a 5 % dos adultos apresentam-na em algum momento durante um ano. As mulheres têm o dobro das probabilidades de a manifestar. Começa, frequentemente, na infância ou na adolescência, mas pode apresentar-se em qualquer idade. Para a maior parte das pessoas, esta condição é flutuante, piorando em determinados momentos (sobretudo em épocas de stress) e persiste ao longo de muitos anos.
Tratamento
Os fármacos são o tratamento preferido para a ansiedade generalizada. Habitualmente prescrevem-se fármacos ansiolíticos, como as benzodiazepinas; no entanto, dado que o uso de benzodiazepinas a longo prazo pode criar dependência, se se decidir a sua interrupção, deve reduzir-se gradualmente, e não de forma brusca. O alívio que as benzodiazepinas proporcionam, geralmente, compensa alguns efeitos secundários ligeiros.
A buspirona é outro fármaco eficaz para muitas pessoas com ansiedade generalizada. O seu uso parece não provocar dependência física. No entanto, a buspirona pode levar duas semanas ou mais para fazer efeito, em contraste com as benzodiazepinas, que começam a actuar ao fim de alguns minutos.
A terapia de comportamento não costuma geralmente ser benéfica porque não existem situações claras que desencadeiem a ansiedade. As técnicas de relaxação e de biorretroacção podem ajudar.
A ansiedade generalizada pode estar associada a conflitos psicológicos subjacentes. Estes conflitos estão frequentemente relacionados com inseguranças e atitudes autocríticas que são autodestrutivas. Para algumas pessoas, a psicoterapia pode ser eficaz para ajudar a compreender e a resolver conflitos psicológicos internos.
Fonte: Manual Merck