Em Moçambique existe um número cada vez maior de pessoas expatriadas, as quais trabalham em ONG's, em empresas, em instituições religiosas ou em representações diplomáticas estrangeiras
Estas pessoas encontram-se na maioria dos casos afastadas das suas famílias, dos seus amigos e num país com hábitos diferentes. É frequente sentirem-se sozinhas, desesperadas, com vontade de desistir do que estão a fazer e regressarem aos seus países de origem. Sentem falta da sua rede social que é essencial ao seu bem-estar.
Acrescenta-se o facto de algumas profissões serem física e psicologicamente desgastantes, o contexto ser adverso, o que pode levar ao burnout e à fadiga por compaixão. Já havia escrito sobre estas suas problemáticas e recomendo a leitura das mesmas.
Esta semana estive em Maputo e pude presenciar e sentir isso.
Viver, trabalhar e instalar-se num país estrangeiro pode ser por vezes bastante frustrante e causador de stress, resultando frequentemente em sentimentos de solidão, isolamento e uma diminuição da auto-estima. O stress de estar na condição de expatriado pode facilitar a manifestação de situações emocionais não resolvidas.
O aconselhamento psicológico e a psicoterapia oferece ao expatriado a possibilidade de expressar as suas frustrações e descobrir recursos internos para lidar com as dificuldades de novo país de acolhimento e trabalho, assuntos culturais e os problemas resultantes de estar afastado de casa.