
Nesta perturbação, as refeições exageradas contribuem para uma ingestão excessiva de calorias. Ao contrário da bulimia nervosa, a ingestão excessiva de comida acontece principalmente em pessoas obesas e torna-se mais frequente à medida que o peso aumenta. As pessoas que apresentam ingestão excessiva de comida tendem a ser mais velhas do que as que sofrem de anorexia ou de bulimia nervosa e a proporção de homens é maior (quase metade).
Sintomas
As pessoas que têm esta perturbação sofrem por isso. Cerca de 50 % das pessoas obesas que têm esta perturbação estão deprimidas, face a apenas 5 % das pessoas obesas que não a apresentam. Embora esta perturbação não produza as alterações físicas que podem ocorrer na bulimia nervosa, representa um problema para uma pessoa que está a tentar perder peso.
Tratamento
Dado que a perturbação devida à ingestão excessiva de comida foi recentemente identificada, não se desenvolveu ainda um tratamento padrão. Geralmente, as pessoas são tratadas segundo os programas convencionais de perda de peso para a obesidade, os quais prestam pouca atenção ao consumo alimentar excessivo (mesmo quando 10 % a 20 % das pessoas que estão nestes programas sofrem desta perturbação). Em geral, estas pessoas aceitam esta situação porque as preocupa mais a sua obesidade do que os seus excessos alimentares.
Estão a desenvolver-se tratamentos específicos para esta perturbação, baseados no tratamento da bulimia nervosa; estes incluem psicoterapia e fármacos (antidepressivos e inibidores do apetite). Embora ambos os tratamentos sejam razoavelmente eficazes no controlo da ingestão excessiva de comida, a psicoterapia parece ser mais eficaz a longo prazo.
Fonte: Manual Merck