Hugo Jorge - Psicologia & Counselling - Portugal, Australia, Moçambique
Formado em Psicologia. Life Coaching. Ludoterapia. Counselling. NOVA PAGINA www.hugojorge.com

28 Julho 2008
Perturbações de pânico são mais frequentes com o calor Doença atinge mais mulheres do que homens e é, muitas vezes, acompanhada de agorafobia As perturbações de pânico tendem a aumentar com o calor e com as mudanças bruscas de temperatura. Os diagnósticos errados e tardios, devido à falta de informação, acabam por agravar a doença. Sempre que o calor aperta, os pedidos de ajuda disparam, quer por parte de quem já está em tratamento, quer de pessoas que nunca antes tinham procurado o consultório de Madalena Lobo, psicóloga clínica e especialista em ansiedade. Não há respostas claras para a subida do pânico com o calor, mas "há mais casos e são em grande número para ser apenas coincidência", afirma a psicóloga. " Não nos conseguimos proteger do calor como do frio. Quando está frio, agasalhamo-nos e o corpo não tem que ajustar-se. No calor, por mais que a pessoa se dispa tem calor, e tem suores, que são também uma resposta do corpo muito semelhante para a ansiedade e o medo. E, quando a pessoa sente calor, tem geralmente maior dificuldade em respirar", explica. Normalmente, as pessoas apercebem-se que têm uma perturbação do pânico após algumas visitas a urgências hospitalares. "As pessoas levam anos convencidas de que têm um problema físico, porque os sintomas são tão reais que custa a acreditar que não seja um problema estritamente médico e grave. Queimam anos a sofrer por falta de informação", explica Madalena Lobo. "É frequente receber clientes que já consultaram vários médicos, antes de um diagnóstico correcto", diz. Lembra ainda que uma em cada 75 pessoas sofre de pânico. "Apenas uma em cada quatro pessoas que sofre de perturbação do pânico acaba por receber tratamento adequado", segundo estudos norte-americanos", acrescenta. Nuno Mendes Duarte, também psicólogo e especialista em ansiedade, revela que os sintomas mais comuns de um ataque de pânico são dor no peito, ritmo cardíaco acelerado, tonturas, sensação de desmaio, náuseas, perturbação gastro-intestinal súbita, sudação, tremuras e dormência ou formigueiro nos membros superiores ou inferiores. "Um ataque de pânico dura, em média, 10 a 15 minutos. Por vezes, é tão assustador que a pessoa pensa que vai morrer ou enlouquecer", sublinha. O especialista frisa ainda que esta é uma doença democrática. "Não atinge apenas mentes fracas. Atinge personalidades fortes, eficientes e pessoas muito racionais". A perturbação do pânico - que atinge mais mulheres que homens - pode ser acompanhada de agorafobia, um medo intenso de estar em locais de onde resulte difícil ou embaraçoso sair. O medo é tão forte que as pessoas tendem a evitar determinados locais. Muitas refugiam-se em casa. Fonte: JN
publicado por Hugo Jorge às 09:59

14 Dezembro 2007

O recurso a elevadas doses de tranquilizantes é um dos principais métodos de tentar o suicídio em Portugal, alertou um especialista, que estima que cerca de oito em cada dez portugueses já tenham consumido estes medicamentos.

Em entrevista à agência Lusa, o neurologista Nuno Canas considerou que o recurso a estes medicamentos, aliados ou não ao álcool, é uma das formas mais comuns para as tentativas de suicídio, uma vez que os doentes que os tomam têm muitas vezes quadros depressivos associados aos problemas de ansiedade ou de sono.

Para o especialista, uma forma de minimizar o problema seria prescrever embalagens mais pequenas destes fármacos, embora reconheça que isso faria aumentar o número de consultas médicas.

O psiquiatra Ricardo Gusmão, por seu lado, admite que os tranquilizantes (benzodiazepinas) sejam frequentemente usados nos parasuicídios, mas não nas tentativas reais de suicídio.

Nas tentativas de suicídio há uma real intenção de morte e habitualmente são usados meios mais letais, como o enforcamento e a intoxicação voluntária com venenos.

«Os parasuicídios são formas mais ou menos conscientes de comunicar uma situação de crise que um indivíduo se sente incapaz de resolver e pode ser encarado como um modo de pedir ajuda a terceiros», explicou à Lusa o professor de psiquiatria Ricardo Gusmão.

Nestes casos, o coordenador em Portugal da Aliança Europeia Contra a Depressão considera que as benzodiazepinas são frequentemente utilizadas, mas que raramente resultam em morte.

O neurologista Nuno Canas alertou ainda que os tratamentos com tranquilizantes (benzodiazepinas) são muito mais prolongados do que deviam, uma responsabilidade que atribuiu essencialmente aos médicos.

«Os tratamentos com benzodiazepinas deviam durar um ou dois meses no máximo, mas estão a ser muitíssimo mais prolongados», afirmou.

Para o neurologista do hospital Egas Moniz, «a responsabilidade é dos médicos em geral, que não param os tratamentos quando deviam», o que acontece porque as benzodiazepinas são eficazes e induzem nos doentes uma sensação de calma.

Em contraponto, o psiquiatra Ricardo Gusmão diz que é residual o número de doentes que não passam sem benzodiazepinas por um período superior a três meses, assumindo contudo que «boa parte» do seu trabalho consiste em fazer o desmame destes fármacos.

Alterações cognitivas, dependência física e psíquica e elevada tolerância (tem de se ir aumentando a dose para que o medicamento faça efeito) são os principais problemas de uma toma prolongada dos tranquilizantes.

«Os médicos prescrevem frequentemente benzodiazepinas porque as pessoas pressionam. Não valorizam também o problema da dependência, das alterações tóxicas comportamentais e cognitivas», afirmou o especialista, sublinhando que há muitas farmácias a vender estes medicamentos sem receita médica e contra a lei.

Os medicamentos com substâncias naturais, como o extracto de valeriana, têm sido apontados por alguns médicos como uma alternativa às benzodiazepinas.

«As companhias farmacêuticas estão a começar a apostar nesta alternativa. O efeito destes produtos naturais não é tão rápido, mas a eficácia é semelhante e os efeitos acessórios são incomparavelmente menores», defendeu Nuno Canas.

Como exemplo dos efeitos secundários reduzidos, o médico do Egas Moniz dá o caso de um doente que se tentou suicidar com 100 comprimidos de extracto de valeriana e que, no dia seguinte, apenas acordou com mais sono.

Mas Ricardo Gusmão ressalva que a valeriana apenas tem utilidade como ansiolítico em casos SOS, uma vez que tomada durante alguns dias seguidos deixa de cumprir esse efeito.

«Não presta para tratamentos estruturados e não pode substituir as benzodiazepinas», comentou, apontando antes como alternativa a buspirona, que o neurologista Nuno Canas também nomeou como fármaco uma opção com riscos de dependência e de tolerância muito menores.

Diário Digital / Lusa

 

O que fazer? 

Se tem pensando, recentemente, sobre o suicídio ou está experimentando uma crise pessoal, existe ajuda disponível. Ninguém precisa enfrentar os seus problemas sozinho. Pode consultar estas Linhas de Apoio Telefonico no Brasil e em Portugal  


14 Dezembro 2007
O estudo "Sexualidade, depressão e ansiedade em doentes reumatológicos” revela que 54,5% das mulheres com vida sexual activa considera que a sua doença limita bastante a sexualidade. Estes são alguns dos resultados preliminares do Instituto Português de Reumatologia (IPR) apresentados hoje nas XV Jornadas Internacionais do instituto.

O estudo teve início em Setembro de 2007, já envolveu 50 doentes (a idade média das participantes é de 58,7 anos e a maioria é casada (60%) e 44% tem vida sexual activa) e a versão final deverá somar 300 pessoas. Os níveis de ansiedade revelaram diferenças significativas dependendo do estado civil das mulheres. As pessoas casadas revelaram níveis de ansiedade mais elevados que as pessoas que não são casadas.

"Se por um lado o cônjuge pode dar apoio à doente, pode também exigir mais, por não entender completamente o impacto que as doenças reumáticas podem ter na vida de um doente, e por isso dar origem a maiores níveis de ansiedade", explica, em comunicado enviado, um dos autores do estudo e director clínico adjunto do IPR, Luís Cunha Miranda. Não foram encontradas diferenças significativas nos níveis de ansiedade e depressão entre as pessoas com e sem vida sexual activa. “Verificou-se que, quanto mais alto o nível de satisfação sexual e de auto-estima, mais baixos eram os níveis de depressão e de ansiedade. Relativamente à satisfação com o relacionamento geral, não existe correlação estatisticamente significativa com os níveis de depressão e de ansiedade”, acrescenta o documento.

No âmbito deste projecto que quer avaliar a sexualidade na doença crónica conclui-se ainda que “há dois grandes grupos que dividem os resultados, enquanto 30,4% refere que a sexualidade é 'Pouco Importante', outra maioria de 30,4% refere que a sexualidade é 'Muito Importante'”.

Fonte: Público - 13.12.2007

14 Dezembro 2007
Os doentes com depressão grave e que sofrem de outras perturbações psiquiátricas, nomeadamente relacionadas com ansiedade, têm melhor qualidade de vida em termos de relações sociais, do que aqueles diagnosticados apenas como depressivos, segundos especialistas.

Este é um dos dados preliminares de um estudo sobre qualidade de vida e depressão, a apresentar quinta-feira, no III Congresso Nacional de Psiquiatria.

A investigação, desenvolvida em colaboração com o Grupo Português de Avaliação de Qualidade de Vida da Organização Mundial de Saúde (OMS), indica que os doentes deprimidos e que padecem também de outras perturbações apresentam menos sintomas depressivos e melhor qualidade de vida em termos de relações sociais, do que aqueles cuja sintomatologia se reporta unicamente à depressão.

«Estes dados sugerem que a depressão quando comparada com outras formas de psicopatologia, se constitui como muito invalidante para o indivíduo», disse à Lusa Sofia Gameiro, uma das três autoras do estudo.

A qualidade de vida foi avaliada nas vertentes do bem-estar e funcionamento físico e psicológico dos indivíduos, da satisfação em termos de relações sociais e com o ambiente circundante.

Dado a investigação apenas envolver 52 pacientes em tratamento, a investigadora sublinhou que os resultados por agora não devem ser generalizados.

Os dados recolhidos indicam também que doentes submetidos a uma terapêutica mista (medicamentos e psicoterapia) apresentam melhor qualidade de vida física e menos sintomas físicos resultantes do mau funcionamento psicológico (somatização) como alteração dos padrões de sono, ao nível da memória e raciocínio ou dificuldades de concentração.

Quanto à sintomatologia depressiva, não foram encontradas diferenças entre os tratamentos misto e o exclusivamente de terapêutica psicofarmacológica.

«Estes dados sugerem assim que a componente de psicoterapia poderá contribuir para um maior bem-estar dos indivíduos e salientam a importância que as medidas de qualidade de vida podem ter enquanto critério de avaliação das práticas clínicas implementadas», resumiu a investigadora.

A investigação refere também que as mulheres deprimidas apresentam pior qualidade de vida de que os homens, especialmente no que respeita ao bem-estar físico.

«Desta forma, a depressão, para além de afectar preponderantemente o sexo feminino parece também ter um impacto mais severo neste grupo específico», lê-se no resumo do estudo.

Os dados preliminares corroboram os « resultados esperados», comentou ainda Sofia Gameiro à Lusa, ao mostrarem que os doentes com diagnóstico clínico de depressão apresentam pior qualidade de vida, quando comparados com indivíduos saudáveis, e que as condições de vida pioram na proporção de um maior grau de severidade dos sintomas depressivos.

Refere-se ainda que os doentes deprimidos tratados em regime de internamento apresentam também pior qualidade de vida que os pacientes seguidos em consulta externa, e que os indivíduos com episódios depressivos recorrentes têm também mais dificuldades no seu quotidiano em comparação com os que apenas apresentam um episódio depressivo.

«Estes dados realçam o impacto negativo da severidade e duração da doença, apontando para a necessidade de medidas preventivas e, quando estas falham, de um diagnóstico e intervenção precoce», sublinha-se no estudo.

A depressão Major (grave) é considerada uma doença de carácter crónico, que tem um impacto muito significativo na vida do sujeito, na família e na sociedade.

Classifica-se, segundo o manual de Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mentais, como sendo uma perturbação do humor, de gravidade e duração variáveis, que se faz acompanhar de vários sintomas físicos e mentais.

Este tipo de patologia surge no contexto clínico como uma das doenças psiquiátricas mais frequentes, que afecta ao longo da vida cerca de 10 a 25 por cento das mulheres e aproximadamente metade dessa percentagem no caso dos homens.

Segundo alguns estudos da Organização Mundial de Saúde, referidos pelo Ministério da Saúde em 2006, em Portugal, estima-se que a depressão afecte cerca de 20 por cento da população, sendo a principal causa de incapacidades e a segunda causa de perda de anos de vida saudáveis entre as 107 doenças e problemas de saúde mais relevantes, representando assim um grande custo económico para o Sistema Nacional de Saúde.

Os mesmos estudos estimam que esta doença esteja associada a 850 mil mortes a nível mundial, sendo que destas mais de 1200 ocorrem em Portugal, facto que, na sua maioria, está associada a taxas elevadas de suicídio.

A apresentação da investigação, da autoria de Maria Cristina Canavarro, Sofia Gameiro e Susana Silva, acontecerá quinta-feira, no Congresso Nacional de Psiquiatria, a decorrer no Centro de Congressos do Estoril até sexta-feira.

Diário Digital / Lusa
publicado por Hugo Jorge às 15:40

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