Hugo Jorge - Psicologia & Counselling - Portugal, Australia, Moçambique
Formado em Psicologia. Life Coaching. Ludoterapia. Counselling. NOVA PAGINA www.hugojorge.com

24 Abril 2008
Mulheres jovens, solteiras, com menos anos de educação ou dificuldade em controlar impulsos são o grupo mais comum de pessoas que pensa em suicidar-se ou tenta o suicídio, revela uma pesquisa da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos.

Segundo a BBC Brasil, o estudo foi realizado com quase 85 mil entrevistados em 17 países e publicado na edição de Fevereiro do British Journal of Psychiatry.

Em média, 9,2 por cento dos entrevistados disseram ter pensado seriamente em suicidar-se e 2,7 por cento afirmaram ter tentado pôr fim à própria vida, em algum momento. Das pessoas que pensaram em cometer suicídio, 29 por cento chegaram a tentar, revela o trabalho.

«A pesquisa sugere que pensar em suicídio e comportar-se como suicida são mais comuns do que se pensa. Os principais factores de risco para esses comportamentos são bastante consistentes em diversos países do mundo», disse o coordenador do projecto, o professor de Psicologia da Faculdade de Artes e Ciências em Harvard, Matthew Nock.

As estatísticas variaram de país para país - a ocorrência de pensamentos suicidas, por exemplo, ficou entre 3,1 por cento na China e 15,9 por cento na Nova Zelândia - mas os pesquisadores atribuíram esta diferença a «padrões culturais», que podem ter influído na decisão dos entrevistados de manter sigilo sobre as intenções suicidas.

Impulsividade

O estudo revelou que a impulsividade é um factor crucial para diferenciar entre as pessoas que apenas pensam em suicídio e as que de facto tentam o suicídio.

Das que pensam em acabar com a própria vida, as taxas mais altas de tentativas não foram registadas entre as pessoas com depressão ou outros problemas de variações drásticas de humor, mas sim entre aquelas que abusavam do consumo de drogas ou apresentavam desordem no controlo de impulsos.

Os factores de risco incluíram mulheres jovens - sobretudo adolescentes ou no início da vida adulta -, solteiras, com menos anos de educação formal e dificuldade de controlar os seus impulsos.

«Em geral, achamos que os pensamentos e comportamentos suicidas ocorrem mais em pessoas que estão deprimidas. Mas em todos os países, descobrimos que não é apenas a depressão que aumenta o risco de comportamento suicida. Problemas de controlo, uso de substâncias e ansiedade estão muito mais associados ao risco de pensamentos e tentativas de suicídio», disse Nock.

Fonte: IOL Diário
publicado por Hugo Jorge às 14:39

17 Abril 2008


A Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa aprovou esta quarta-feira uma resolução em que expressa inquietação por a sociedade subestimar o número de suicídios de adolescentes, entre os 11 e os 24 anos, que afecta anualmente dezenas de milhar de jovens, noticia a agência Lusa.

A resolução, aprovada por unanimidade de 29 votos, destaca a influência da violência física, psíquica e económica, assim como a discriminação religiosa, étnica ou sexual, que pode levar um adolescente a tomar essa decisão.

Segundo o relatório, intitulado «O suicídio de crianças e adolescentes na Europa: um grave problema de saúde pública» debatido pelo Plenário, 15 por cento de adolescentes que fizeram uma tentativa de suicídio são reincidentes e 75 por cento não são hospitalizados.

O texto também manifesta a sua preocupação com a «taxa particularmente mais elevada de suicídio de jovens lésbicas, homossexuais, bissexuais e transsexuais» face à constatada entre os restantes jovens.

A Assembleia incide no perigo que representa uma «má utilização da Internet», onde se encontram espaços que fazem a apologia do suicídio.

«É preciso escutar e entender»

Para prevenir esta situação, a Câmara convida os 47 Estados membros a converter este assunto numa prioridade política, a prevenir a violência e intimidação escolar, a converter o suicídio numa disciplina de estudo e a combater o abuso de estupefacientes e álcool entre os menores.

Exorta ainda a lutar contra a «prática desumana» dos casamentos forçados e a homofobia, e a alargar o apoio psicológico e social.

Segundo o relator do documento, o legislador monegasco Bernard Marquet, este é um «assunto tabu», em que é preciso que «a sociedade saiba escutar e entender».

Marquet afirmou que o suicídio de raparigas costuma estar relacionado com uma violação, abusos sexuais ou a ruptura de uma relação e advertiu os pais «que não querem falar do tema e ocultam as circunstâncias» em que ocorre o suicídio.

Fonte: IOL Diário

04 Abril 2008


Fui recentemente contactado pela TV Record para falar de delinquência juvenil. A conversa bastante agradável com a jornalista Luciana Quaresma realizou-se ontem e acabei por partilhar um pouco da minha experiência profissional com jovens, alguns dos quais, com percursos de delinquência. Transmiti a ideia de que esta problemática tem diversas causas e que é importante investir na prevenção e acompanhamento destes jovens.

25 Março 2008


Li este livro de uma só vez durante o fim-de-semana. As palavras de Pedro Strecht ajudaram-me a reflectir mais profundamente sobre o trabalho que faço com os jovens da Casa do Castelo do Chapitô. Esta instituição, mais conhecida pela escola de artes circences, possui também um lar de transição para jovens com percursos anteriores de delinquência e que agora procuram dar passos em direcção à sua autonomia e maturidade. Recomendo vivamente este livro a todos aqueles (pais, professores, educadores, legisladores) que desejam compreender melhor a problemática da delinquência juvenil.

CAPÍTULO 1
UNS E OUTROS — A ORIGEM DOS PROBLEMAS

CAPÍTULO 2
CANÇÕES SEM PALAVRAS — A IMPORTÂNCIA DA PREVENÇÃO

CAPÍTULO 3
TERRA DO NUNCA — POR DETRÁS DO SILÊNCIO

CAPÍTULO 4
LEVO-TE A BEM — RESPOSTAS INSTITUCIONAIS E TERAPÊUTICAS

CAPÍTULO 5
ALGUMA LUZ — INTERVENÇÕES PEDOPSIQUIÁTRICAS

CAPÍTULO 6
MARGINAL — EVOLUÇÕES DELINQUENTES TERMINAIS

CAPÍTULO 7
QUE FAÇO DESTA DOR — ABUSO SEXUAL: DE VÍTIMAS A ABUSADORES

CAPÍTULO 8
PONTO FINAL — CRIANÇAS E ADOLESCENTES QUE MATAM

02 Fevereiro 2008
Esta semana fui contactado pela Ana Markl, jornalista do semanário Sol, que pretendia realizar um artigo sobre fóruns de Internet sobre suicídio, um fenómeno muito popular entre os jovens do País de Gales. Podem ler aqui o artigo que foi publicado hoje e para o qual dei o meu contributo.








Informação adicional que por limitações de espaço não pode ser publicada no artigo do Sol.

Fóruns na Internet sobre Suicídio

A partilha, não acompanhada por um profissional de ajuda (psicólogo, psiquiatra, psicoterapeuta), de estados depressivos e desejos de cometer suicídio na Internet é um enorme risco para os jovens. Em conjunto os jovens alimentam os seus estados de espírito e fortalecem a vontade de passar à acção. Discutem métodos e partilham conhecimentos. Ao mesmo tempo, o fenómeno de grupo autentica os seus desejos sem qualquer limite. De repente todos (os companheiros do seu mundo, neste caso virtual) afirmam que o suicídio é um a coisa perfeitamente normal. Uns puxam pelos outros sem que alguém coloque um travão.

Não parece que nos grupos de Internet sobre o suicídio, os jovens se escutem verdadeiramente uns aos outros, que procurem compreender o sofrimento do outro. Não creio que os membros destes grupos se ajudem entre si a encontrarem soluções para os seus problemas. O grupo acabam por validar o desejo de suicídio de cada membro e facilita a concretização do comportamento que pode, nos casos mais extremos, levar à morte. A estes jovens que se encontram emocionalmente instáveis e os grupos de Internet podem servir como um empurrão para cometerem suicídio.

Sites de Homenagem aos Jovens Suicidas

Enquanto profissional de ajuda psicológica, estou particularmente preocupado com esta ideia romântica da morte expressa nos muros de memória que foram criados em alguns fóruns e páginas de Internet como homenagem aos jovens falecidos. É importante que se transmita a mensagem de que a morte destes jovens foi uma enorme perda e tragédia. Foram vidas desperdiçadas. São pessoas que chegaram a um limite de sofrimento e que não conseguiram encontrar soluções positivas e construtivas para os seus problemas. O suicídio decorre sempre como resultado de sofrimento psicológico, perda de auto-estima, isolamento, desesperança, constrição da mente e fuga como a única solução.

Suicídio como moda?

Pesquisas efectuadas nos Estados Unidos da América indicaram que os jovens que cometeram suicídio conheciam, em maior número, um amigo ou familiar que cometera suicídio, comparativamente com os seus pares.

O momento pós suicídio parece ser uma altura crítica e perigosa para todos aqueles que estão próximos do falecido, uma vez que se identificam profundamente com a vitima e estão emocionalmente muito vulneráveis. A descarga emocional que surge após a morte de alguém próximo pode fazer desaparecer a censura interna e limitações para comportamentos auto destrutivos. Outras investigações demonstraram que a exposição ao suicídio ou a comportamentos suicidas de amigos ou familiares é um factor muito significativo na influência de jovens emocionalmente vulneráveis para cometer suicídio. Estes são dados importantes que nos fazem compreender melhor o que poderá ter acontecido no País de Gales.

Divulgação de métodos de suicídio na Internet

Deviam ser monitorizados e retirados da Internet. Outra solução poderia ser a colocação de uma mensagem de alerta muito visível a indicar que o conteúdo é perigoso e em simultâneo indicar contactos de linhas telefónicas ou serviços de apoio psicológico. As entidades oficiais de apoio a crianças e jovens, assim como pais e educadores deveriam estar atentas a estes conteúdos e alertar para os perigos dos mesmos. 

Soluções e intervenções

Parece-me que a solução passa por disponibilizar, desde cedo, serviços de aconselhamento psicológico a crianças e jovens. Estes serviços poderiam estar mais disponíveis em escolas, universidades, bairros e associações locais, promovendo desta forma a saúde mental de crianças e jovens. Outra solução passaria por divulgar melhor as linhas de apoio telefónico que já existem para pais e jovens. Sabemos que é importante chegar às pessoas. Uma boa campanha publicitária poderia ajudar a divulgar o problema e as respostas de ajuda. Prevenção, divulgação e disponibilidade dos serviços de ajuda são as palavras-chave. É essencial ter profissionais disponíveis nas escolas para escutar, compreender e aceitar as crianças e os jovens. Existem sinais clássicos aos quais pais e professores podem estar atentos acerca de um jovem que possa estar a pensar cometer o suicídio, como por exemplo, comentários sobre a morte ou suicídio. Por vezes, ocorrem outros sinais tais como a preparação de documentos, a oferta de objectos pessoais de valor sentimental ou escrevendo cartas aos amigos e familiares. Ao contrário do que se pensa, as pessoas que cometeram suicídio expressaram algo sobre as suas intenções. Amigos, família e professores devem estar atentos a estes sinais.

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