Hugo Jorge - Psicologia & Counselling - Portugal, Australia, Moçambique
Formado em Psicologia. Life Coaching. Ludoterapia. Counselling. NOVA PAGINA www.hugojorge.com

19 Fevereiro 2008


Ontem participei no programa Debate Público da TV Record onde se abordou o stresse profissional. Partilho aqui informação sobre esta problemática. Caso deseje partilhar a sua experiência ou colocar alguma questão, envie-me um e-mail.

O que é o stresse?

As pessoas sofrem de stresse quando sentem que há um desequilíbrio entre as solicitações que lhes são feitas e os recursos de que dispõem para responder a essas solicitações. Embora seja psicológico, o stresse afecta igualmente a saúde física do indivíduo.

O stresse pode alterar a forma como uma pessoa sente, pensa e se comporta. Entre os sintomas de stresse contam-se:

Ao nível da organização:
  • absentismo, elevada rotatividade do pessoal, incumprimento de horários, problemas disciplinares, assédio, produtividade reduzida, acidentes, erros e agravamento dos custos de compensação ou de saúde.
A nível individual: 
  • reacções emocionais (irritabilidade, ansiedade, perturbações do sono, depressão, hipocondria, alienação, esgotamento, problemas ao nível das relações familiares);
  • reacções cognitivas (dificuldades de concentração, de memória, de aprendizagem e de decisão);
  • reacções comportamentais (abuso de drogas, álcool e tabaco; comportamento destrutivo) e
  • reacções fisiológicas (perturbações lombares, défice imunitário, úlceras pépticas, problemas cardíacos, hipertensão).
Conselhos para trabalhadores

Há medidas que pode tomar para não vir a sofrer de stresse:
  • pedir maior responsabilidade na planificação do seu próprio trabalho;
  • pedir para participar nas decisões sobre a sua área de trabalho;
  • falar com o seu chefe, com o representante dos trabalhadores ou com outros colegas que se mostrem disponíveis se achar que está a ser alvo de assédio, e manter um registo do que aconteceu;
  • falar com o seu chefe se as suas responsabilidades não estiverem bem definidas;
  • solicitar formação, se a considerar necessária, e
  • falar com o seu chefe ou representante dos trabalhadores se começar a sentir que não é capaz de fazer face às suas obrigações.
Sugestões para viver melhor:
  • Faça exercício físico (caminhadas, andar de bicicleta, natação).
  • Torne-se voluntário de uma organização. Dê algum do seu tempo para ajudar os outros.
  • Adopte um animal de companhia.
  • Crie um pequeno jardim ou uma horta. Se não tiver espaço opte por plantas em vasos.
  • Pratique meditação.
  • No meio dos afazeres diários, procure guardar um tempo para si. Faça algo que lhe dê prazer.
  • Invista na relação com os seus amigos.
  • Faça uma alimentação diversificada.
  • Evite o café, álcool, tabaco e outras drogas.
  • Procure a ajuda de um psicólogo.
Conselhos para entidades patronais

Entre as medidas eficazes de prevenção do stresse relacionado com o trabalho contam-se:
  • conceder aos trabalhadores tempo suficiente para executarem as suas tarefas;
  • definir claramente as suas tarefas;
  • recompensar os trabalhadores pelo bom desempenho;
  • permitir que os trabalhadores se queixem e apreciar as suas queixas com seriedade;
  • dar aos trabalhadores controlo sobre o seu trabalho;
  • minimizar os riscos físicos;
  • permitir que os trabalhadores participem nas decisões que os afectam;
  • adequar a carga de trabalho às capacidades e recursos de cada trabalhador;
  • conceber as tarefas de modo a torná-las interessantes;
  • definir claramente papéis e responsabilidades;
  • criar oportunidades de interacção social, e 
  • evitar ambiguidades em matéria de segurança de emprego e de perspectivas de carreira.
Sugestões para um empresa eficaz e humana:
  • Boa liderança
  • Programas de voluntariado para os colaboradores 
  • Responsabilidade social da empresa
  • Flexibilidade de horário
  • Ausência de discriminação
  • Autonomia aos trabalhadores
  • Comemoração de datas especiais
  • Recepção aos novos colaboradores
  • Boas instalações
  • Sentimento de orgulho de empresa
  • Gestão ética, honesta e competente
  • Ambiente agradável e amistoso
  • Despedimentos apenas em ultimo caso
  • Integração na empresa
  • Local divertido para trabalhar
Mais informação na página da Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho

02 Fevereiro 2008
Esta semana fui contactado pela Ana Markl, jornalista do semanário Sol, que pretendia realizar um artigo sobre fóruns de Internet sobre suicídio, um fenómeno muito popular entre os jovens do País de Gales. Podem ler aqui o artigo que foi publicado hoje e para o qual dei o meu contributo.








Informação adicional que por limitações de espaço não pode ser publicada no artigo do Sol.

Fóruns na Internet sobre Suicídio

A partilha, não acompanhada por um profissional de ajuda (psicólogo, psiquiatra, psicoterapeuta), de estados depressivos e desejos de cometer suicídio na Internet é um enorme risco para os jovens. Em conjunto os jovens alimentam os seus estados de espírito e fortalecem a vontade de passar à acção. Discutem métodos e partilham conhecimentos. Ao mesmo tempo, o fenómeno de grupo autentica os seus desejos sem qualquer limite. De repente todos (os companheiros do seu mundo, neste caso virtual) afirmam que o suicídio é um a coisa perfeitamente normal. Uns puxam pelos outros sem que alguém coloque um travão.

Não parece que nos grupos de Internet sobre o suicídio, os jovens se escutem verdadeiramente uns aos outros, que procurem compreender o sofrimento do outro. Não creio que os membros destes grupos se ajudem entre si a encontrarem soluções para os seus problemas. O grupo acabam por validar o desejo de suicídio de cada membro e facilita a concretização do comportamento que pode, nos casos mais extremos, levar à morte. A estes jovens que se encontram emocionalmente instáveis e os grupos de Internet podem servir como um empurrão para cometerem suicídio.

Sites de Homenagem aos Jovens Suicidas

Enquanto profissional de ajuda psicológica, estou particularmente preocupado com esta ideia romântica da morte expressa nos muros de memória que foram criados em alguns fóruns e páginas de Internet como homenagem aos jovens falecidos. É importante que se transmita a mensagem de que a morte destes jovens foi uma enorme perda e tragédia. Foram vidas desperdiçadas. São pessoas que chegaram a um limite de sofrimento e que não conseguiram encontrar soluções positivas e construtivas para os seus problemas. O suicídio decorre sempre como resultado de sofrimento psicológico, perda de auto-estima, isolamento, desesperança, constrição da mente e fuga como a única solução.

Suicídio como moda?

Pesquisas efectuadas nos Estados Unidos da América indicaram que os jovens que cometeram suicídio conheciam, em maior número, um amigo ou familiar que cometera suicídio, comparativamente com os seus pares.

O momento pós suicídio parece ser uma altura crítica e perigosa para todos aqueles que estão próximos do falecido, uma vez que se identificam profundamente com a vitima e estão emocionalmente muito vulneráveis. A descarga emocional que surge após a morte de alguém próximo pode fazer desaparecer a censura interna e limitações para comportamentos auto destrutivos. Outras investigações demonstraram que a exposição ao suicídio ou a comportamentos suicidas de amigos ou familiares é um factor muito significativo na influência de jovens emocionalmente vulneráveis para cometer suicídio. Estes são dados importantes que nos fazem compreender melhor o que poderá ter acontecido no País de Gales.

Divulgação de métodos de suicídio na Internet

Deviam ser monitorizados e retirados da Internet. Outra solução poderia ser a colocação de uma mensagem de alerta muito visível a indicar que o conteúdo é perigoso e em simultâneo indicar contactos de linhas telefónicas ou serviços de apoio psicológico. As entidades oficiais de apoio a crianças e jovens, assim como pais e educadores deveriam estar atentas a estes conteúdos e alertar para os perigos dos mesmos. 

Soluções e intervenções

Parece-me que a solução passa por disponibilizar, desde cedo, serviços de aconselhamento psicológico a crianças e jovens. Estes serviços poderiam estar mais disponíveis em escolas, universidades, bairros e associações locais, promovendo desta forma a saúde mental de crianças e jovens. Outra solução passaria por divulgar melhor as linhas de apoio telefónico que já existem para pais e jovens. Sabemos que é importante chegar às pessoas. Uma boa campanha publicitária poderia ajudar a divulgar o problema e as respostas de ajuda. Prevenção, divulgação e disponibilidade dos serviços de ajuda são as palavras-chave. É essencial ter profissionais disponíveis nas escolas para escutar, compreender e aceitar as crianças e os jovens. Existem sinais clássicos aos quais pais e professores podem estar atentos acerca de um jovem que possa estar a pensar cometer o suicídio, como por exemplo, comentários sobre a morte ou suicídio. Por vezes, ocorrem outros sinais tais como a preparação de documentos, a oferta de objectos pessoais de valor sentimental ou escrevendo cartas aos amigos e familiares. Ao contrário do que se pensa, as pessoas que cometeram suicídio expressaram algo sobre as suas intenções. Amigos, família e professores devem estar atentos a estes sinais.

30 Setembro 2007

• Entrevista ao programa televisivo “Debate Público” da TV Record em 18.4.2008: “O caso Esmeralda – a visão da criança no conflito entre família biológica e família adoptiva.”

• Entrevista ao programa televisivo “Coisas de Mulher” da TV Record em 12.4.2008: “O Sentimento de Rejeição.”

• Entrevista ao programa televisivo “Debate Público” da TV Record em 3.4.2008: “Delinquência Juvenil e Adolescência.”

• Participação no programa televisivo “Debate Público” da TV Record em 18.2.2008: “Stress profissional afecta trabalhadores europeus”.

•Entrevista à revista Tabu do Semanário Sol em 2.2.2008: “O fim da ponte: fóruns de Internet sobre suicídio.”

• Entrevista ao jornal O Primeiro de Janeiro em 19 de Março de 2004: “Relações entre humanos e animais de companhia – uma perspectiva psicológica.”

 

Para solicitar uma entrevista ou pedir mais informações, por favor, entre em contacto através do e-mail hugomora88@hotmail.com ou do telemóvel + (258) 82 88 79 423


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