Hugo Jorge - Psicologia & Counselling - Portugal, Australia, Moçambique
Formado em Psicologia. Life Coaching. Ludoterapia. Counselling. NOVA PAGINA www.hugojorge.com

20 Abril 2017

Se tem pensando, recentemente, sobre o suicídio ou está experimentando uma crise pessoal, existe ajuda disponível. Ninguém precisa enfrentar os seus problemas sozinho.

 

Brasil

O CVV - Centro de Valorização da Vida realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo por telefone, email, chat e Skype 24 horas todos os dias.

 

Portugal

SOS Voz Amiga

213 544 545 - 912 802 669 - 963 524 660 / Diariamente das 16h às 24h
Linha Verde gratuita - 800 209 899 / Entre as 21.00 e as 24.00 horas

 

SOS - Serviço Nacional de Socorro
Portugal, Europa

112

 


24 Abril 2008
Mulheres jovens, solteiras, com menos anos de educação ou dificuldade em controlar impulsos são o grupo mais comum de pessoas que pensa em suicidar-se ou tenta o suicídio, revela uma pesquisa da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos.

Segundo a BBC Brasil, o estudo foi realizado com quase 85 mil entrevistados em 17 países e publicado na edição de Fevereiro do British Journal of Psychiatry.

Em média, 9,2 por cento dos entrevistados disseram ter pensado seriamente em suicidar-se e 2,7 por cento afirmaram ter tentado pôr fim à própria vida, em algum momento. Das pessoas que pensaram em cometer suicídio, 29 por cento chegaram a tentar, revela o trabalho.

«A pesquisa sugere que pensar em suicídio e comportar-se como suicida são mais comuns do que se pensa. Os principais factores de risco para esses comportamentos são bastante consistentes em diversos países do mundo», disse o coordenador do projecto, o professor de Psicologia da Faculdade de Artes e Ciências em Harvard, Matthew Nock.

As estatísticas variaram de país para país - a ocorrência de pensamentos suicidas, por exemplo, ficou entre 3,1 por cento na China e 15,9 por cento na Nova Zelândia - mas os pesquisadores atribuíram esta diferença a «padrões culturais», que podem ter influído na decisão dos entrevistados de manter sigilo sobre as intenções suicidas.

Impulsividade

O estudo revelou que a impulsividade é um factor crucial para diferenciar entre as pessoas que apenas pensam em suicídio e as que de facto tentam o suicídio.

Das que pensam em acabar com a própria vida, as taxas mais altas de tentativas não foram registadas entre as pessoas com depressão ou outros problemas de variações drásticas de humor, mas sim entre aquelas que abusavam do consumo de drogas ou apresentavam desordem no controlo de impulsos.

Os factores de risco incluíram mulheres jovens - sobretudo adolescentes ou no início da vida adulta -, solteiras, com menos anos de educação formal e dificuldade de controlar os seus impulsos.

«Em geral, achamos que os pensamentos e comportamentos suicidas ocorrem mais em pessoas que estão deprimidas. Mas em todos os países, descobrimos que não é apenas a depressão que aumenta o risco de comportamento suicida. Problemas de controlo, uso de substâncias e ansiedade estão muito mais associados ao risco de pensamentos e tentativas de suicídio», disse Nock.

Fonte: IOL Diário
publicado por Hugo Jorge às 14:39

17 Abril 2008


A Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa aprovou esta quarta-feira uma resolução em que expressa inquietação por a sociedade subestimar o número de suicídios de adolescentes, entre os 11 e os 24 anos, que afecta anualmente dezenas de milhar de jovens, noticia a agência Lusa.

A resolução, aprovada por unanimidade de 29 votos, destaca a influência da violência física, psíquica e económica, assim como a discriminação religiosa, étnica ou sexual, que pode levar um adolescente a tomar essa decisão.

Segundo o relatório, intitulado «O suicídio de crianças e adolescentes na Europa: um grave problema de saúde pública» debatido pelo Plenário, 15 por cento de adolescentes que fizeram uma tentativa de suicídio são reincidentes e 75 por cento não são hospitalizados.

O texto também manifesta a sua preocupação com a «taxa particularmente mais elevada de suicídio de jovens lésbicas, homossexuais, bissexuais e transsexuais» face à constatada entre os restantes jovens.

A Assembleia incide no perigo que representa uma «má utilização da Internet», onde se encontram espaços que fazem a apologia do suicídio.

«É preciso escutar e entender»

Para prevenir esta situação, a Câmara convida os 47 Estados membros a converter este assunto numa prioridade política, a prevenir a violência e intimidação escolar, a converter o suicídio numa disciplina de estudo e a combater o abuso de estupefacientes e álcool entre os menores.

Exorta ainda a lutar contra a «prática desumana» dos casamentos forçados e a homofobia, e a alargar o apoio psicológico e social.

Segundo o relator do documento, o legislador monegasco Bernard Marquet, este é um «assunto tabu», em que é preciso que «a sociedade saiba escutar e entender».

Marquet afirmou que o suicídio de raparigas costuma estar relacionado com uma violação, abusos sexuais ou a ruptura de uma relação e advertiu os pais «que não querem falar do tema e ocultam as circunstâncias» em que ocorre o suicídio.

Fonte: IOL Diário

12 Março 2008


Uma simples análise ao sangue permitirá diagnosticar a depressão e determinar se o tratamento com medicamentos antidepressivos será eficaz, segundo um estudo hoje publicado nos Estados Unidos.

Este avanço deve-se à identificação de uma proteína no cérebro que pode servir de marcador biológico para a depressão.

«A análise poderá permitir prever rapidamente a eficácia da terapia com antidepressivos, em quatro ou cinco dias, evitando uma longa espera de um mês ou mais para determinar o tratamento adequado», afirma o principal autor do estudo, Mark Rasenick, da Universidade do Illinois (EUA).

Os investigadores estudaram os cérebros de 16 pacientes depressivos e com tendência para o suicídio e compararam-nos com os cérebros de pessoas mortas sem histórico de ordem psiquiátrica.

Determinaram assim que a proteína Gs alfa estava presente em maior proporção nos pacientes depressivos em células do cérebro chamadas «jangadas lipídicas».

«Essas jangadas são espessas, viscosas, quase pegajosas, e tanto facilitam como impedem a comunicação entre as moléculas da membrana», explica o cientista no Journal of Neuroscience.

Quando esta proteína está presa nas «jangadas lipídicas», a sua capacidade de activar os neurotransmissores fica reduzida.

«Os antidepressivos contribuem para deslocar a Gs alfa para fora dessas jangadas e facilitar a acção de certos neurotransmissores», acrescenta.

Os antidepressivos demoram cerca de um mês a ser eficazes, quando, segundo estes investigadores, bastariam quatro a cinco dias para observar alterações nas células sanguíneas.

Diário Digital / Lusa

02 Fevereiro 2008
Esta semana fui contactado pela Ana Markl, jornalista do semanário Sol, que pretendia realizar um artigo sobre fóruns de Internet sobre suicídio, um fenómeno muito popular entre os jovens do País de Gales. Podem ler aqui o artigo que foi publicado hoje e para o qual dei o meu contributo.








Informação adicional que por limitações de espaço não pode ser publicada no artigo do Sol.

Fóruns na Internet sobre Suicídio

A partilha, não acompanhada por um profissional de ajuda (psicólogo, psiquiatra, psicoterapeuta), de estados depressivos e desejos de cometer suicídio na Internet é um enorme risco para os jovens. Em conjunto os jovens alimentam os seus estados de espírito e fortalecem a vontade de passar à acção. Discutem métodos e partilham conhecimentos. Ao mesmo tempo, o fenómeno de grupo autentica os seus desejos sem qualquer limite. De repente todos (os companheiros do seu mundo, neste caso virtual) afirmam que o suicídio é um a coisa perfeitamente normal. Uns puxam pelos outros sem que alguém coloque um travão.

Não parece que nos grupos de Internet sobre o suicídio, os jovens se escutem verdadeiramente uns aos outros, que procurem compreender o sofrimento do outro. Não creio que os membros destes grupos se ajudem entre si a encontrarem soluções para os seus problemas. O grupo acabam por validar o desejo de suicídio de cada membro e facilita a concretização do comportamento que pode, nos casos mais extremos, levar à morte. A estes jovens que se encontram emocionalmente instáveis e os grupos de Internet podem servir como um empurrão para cometerem suicídio.

Sites de Homenagem aos Jovens Suicidas

Enquanto profissional de ajuda psicológica, estou particularmente preocupado com esta ideia romântica da morte expressa nos muros de memória que foram criados em alguns fóruns e páginas de Internet como homenagem aos jovens falecidos. É importante que se transmita a mensagem de que a morte destes jovens foi uma enorme perda e tragédia. Foram vidas desperdiçadas. São pessoas que chegaram a um limite de sofrimento e que não conseguiram encontrar soluções positivas e construtivas para os seus problemas. O suicídio decorre sempre como resultado de sofrimento psicológico, perda de auto-estima, isolamento, desesperança, constrição da mente e fuga como a única solução.

Suicídio como moda?

Pesquisas efectuadas nos Estados Unidos da América indicaram que os jovens que cometeram suicídio conheciam, em maior número, um amigo ou familiar que cometera suicídio, comparativamente com os seus pares.

O momento pós suicídio parece ser uma altura crítica e perigosa para todos aqueles que estão próximos do falecido, uma vez que se identificam profundamente com a vitima e estão emocionalmente muito vulneráveis. A descarga emocional que surge após a morte de alguém próximo pode fazer desaparecer a censura interna e limitações para comportamentos auto destrutivos. Outras investigações demonstraram que a exposição ao suicídio ou a comportamentos suicidas de amigos ou familiares é um factor muito significativo na influência de jovens emocionalmente vulneráveis para cometer suicídio. Estes são dados importantes que nos fazem compreender melhor o que poderá ter acontecido no País de Gales.

Divulgação de métodos de suicídio na Internet

Deviam ser monitorizados e retirados da Internet. Outra solução poderia ser a colocação de uma mensagem de alerta muito visível a indicar que o conteúdo é perigoso e em simultâneo indicar contactos de linhas telefónicas ou serviços de apoio psicológico. As entidades oficiais de apoio a crianças e jovens, assim como pais e educadores deveriam estar atentas a estes conteúdos e alertar para os perigos dos mesmos. 

Soluções e intervenções

Parece-me que a solução passa por disponibilizar, desde cedo, serviços de aconselhamento psicológico a crianças e jovens. Estes serviços poderiam estar mais disponíveis em escolas, universidades, bairros e associações locais, promovendo desta forma a saúde mental de crianças e jovens. Outra solução passaria por divulgar melhor as linhas de apoio telefónico que já existem para pais e jovens. Sabemos que é importante chegar às pessoas. Uma boa campanha publicitária poderia ajudar a divulgar o problema e as respostas de ajuda. Prevenção, divulgação e disponibilidade dos serviços de ajuda são as palavras-chave. É essencial ter profissionais disponíveis nas escolas para escutar, compreender e aceitar as crianças e os jovens. Existem sinais clássicos aos quais pais e professores podem estar atentos acerca de um jovem que possa estar a pensar cometer o suicídio, como por exemplo, comentários sobre a morte ou suicídio. Por vezes, ocorrem outros sinais tais como a preparação de documentos, a oferta de objectos pessoais de valor sentimental ou escrevendo cartas aos amigos e familiares. Ao contrário do que se pensa, as pessoas que cometeram suicídio expressaram algo sobre as suas intenções. Amigos, família e professores devem estar atentos a estes sinais.

02 Janeiro 2008


Pessoas que sofrem de dependência afectiva são conhecidas por "Mulheres que Amam Demais" devido ao livro de Robin Norwood com o mesmo nome. Para algumas pessoas amar é sinónimo de sofrer. As pessoas que Amam Demais (Homens ou Mulheres) são atraídas por parceiros distantes, perturbados ou temperamentais e ignoram os “bons rapazes” que consideram aborrecidos. Põem de parte os amigos e interesses para estarem sempre disponíveis para o parceiro. E muito embora estar com ele seja um tormento, sentem-se vazios sem ele.

Quando o amor é sinónimo de sofrimento, estamos a prejudicar-nos a nós próprios e a destruir a nossa auto-estima. Neste blog tentamos detectar os comportamentos que nos causam sofrimento e corrigi-los, de modo a que possamos desfrutar do amor sem a dor que acompanha a dependência emocional. Partilhando as nossas histórias, experiências e desabafando, podemos aprender uns com os outros, melhorar o nosso comportamento, a nossa vida e atingir a felicidade no amor e no dia a dia.

Reuniões MADA LISBOA, Mulheres que Amam Demais


Mais Informações sobre o Assunto

Quem são as Pessoas que Amam Demais e os Co-Dependentes?

Literatura Recomendada

14 Dezembro 2007

O recurso a elevadas doses de tranquilizantes é um dos principais métodos de tentar o suicídio em Portugal, alertou um especialista, que estima que cerca de oito em cada dez portugueses já tenham consumido estes medicamentos.

Em entrevista à agência Lusa, o neurologista Nuno Canas considerou que o recurso a estes medicamentos, aliados ou não ao álcool, é uma das formas mais comuns para as tentativas de suicídio, uma vez que os doentes que os tomam têm muitas vezes quadros depressivos associados aos problemas de ansiedade ou de sono.

Para o especialista, uma forma de minimizar o problema seria prescrever embalagens mais pequenas destes fármacos, embora reconheça que isso faria aumentar o número de consultas médicas.

O psiquiatra Ricardo Gusmão, por seu lado, admite que os tranquilizantes (benzodiazepinas) sejam frequentemente usados nos parasuicídios, mas não nas tentativas reais de suicídio.

Nas tentativas de suicídio há uma real intenção de morte e habitualmente são usados meios mais letais, como o enforcamento e a intoxicação voluntária com venenos.

«Os parasuicídios são formas mais ou menos conscientes de comunicar uma situação de crise que um indivíduo se sente incapaz de resolver e pode ser encarado como um modo de pedir ajuda a terceiros», explicou à Lusa o professor de psiquiatria Ricardo Gusmão.

Nestes casos, o coordenador em Portugal da Aliança Europeia Contra a Depressão considera que as benzodiazepinas são frequentemente utilizadas, mas que raramente resultam em morte.

O neurologista Nuno Canas alertou ainda que os tratamentos com tranquilizantes (benzodiazepinas) são muito mais prolongados do que deviam, uma responsabilidade que atribuiu essencialmente aos médicos.

«Os tratamentos com benzodiazepinas deviam durar um ou dois meses no máximo, mas estão a ser muitíssimo mais prolongados», afirmou.

Para o neurologista do hospital Egas Moniz, «a responsabilidade é dos médicos em geral, que não param os tratamentos quando deviam», o que acontece porque as benzodiazepinas são eficazes e induzem nos doentes uma sensação de calma.

Em contraponto, o psiquiatra Ricardo Gusmão diz que é residual o número de doentes que não passam sem benzodiazepinas por um período superior a três meses, assumindo contudo que «boa parte» do seu trabalho consiste em fazer o desmame destes fármacos.

Alterações cognitivas, dependência física e psíquica e elevada tolerância (tem de se ir aumentando a dose para que o medicamento faça efeito) são os principais problemas de uma toma prolongada dos tranquilizantes.

«Os médicos prescrevem frequentemente benzodiazepinas porque as pessoas pressionam. Não valorizam também o problema da dependência, das alterações tóxicas comportamentais e cognitivas», afirmou o especialista, sublinhando que há muitas farmácias a vender estes medicamentos sem receita médica e contra a lei.

Os medicamentos com substâncias naturais, como o extracto de valeriana, têm sido apontados por alguns médicos como uma alternativa às benzodiazepinas.

«As companhias farmacêuticas estão a começar a apostar nesta alternativa. O efeito destes produtos naturais não é tão rápido, mas a eficácia é semelhante e os efeitos acessórios são incomparavelmente menores», defendeu Nuno Canas.

Como exemplo dos efeitos secundários reduzidos, o médico do Egas Moniz dá o caso de um doente que se tentou suicidar com 100 comprimidos de extracto de valeriana e que, no dia seguinte, apenas acordou com mais sono.

Mas Ricardo Gusmão ressalva que a valeriana apenas tem utilidade como ansiolítico em casos SOS, uma vez que tomada durante alguns dias seguidos deixa de cumprir esse efeito.

«Não presta para tratamentos estruturados e não pode substituir as benzodiazepinas», comentou, apontando antes como alternativa a buspirona, que o neurologista Nuno Canas também nomeou como fármaco uma opção com riscos de dependência e de tolerância muito menores.

Diário Digital / Lusa

 

O que fazer? 

Se tem pensando, recentemente, sobre o suicídio ou está experimentando uma crise pessoal, existe ajuda disponível. Ninguém precisa enfrentar os seus problemas sozinho. Pode consultar estas Linhas de Apoio Telefonico no Brasil e em Portugal  


07 Dezembro 2007
Seis pessoas suicidam-se por dia em Portugal, sendo esta uma das principais causas de morte no país, segundo dados da Aliança Europeia Contra a Depressão, cujo objectivo visa travar o avanço das doenças depressivas.

Os últimos dados fidedignos sobre o suicídio em Portugal são de 2002 - último ano em que todos os atestados de óbito foram verificados -, revelam que a média diária era de quatro casos e que o suicídio era uma das causas de morte menos evidenciada no país.

O psiquiatra Ricardo Gusmão, coordenador deste programa em Portugal explicou hoje, numa apresentação aos jornalistas, que a «taxa de suicídio em Portugal está artificialmente reduzida, em menos 25 a 50 por cento, por deficiência no processo de registos de óbitos», pelo que, conclui, «pelo menos seis portugueses morrem por suicídio todos os dias».

O psiquiatra, professor da Faculdade de Ciências Médicas de Lisboa, explicou ainda que a taxa de morte violenta por intenção indeterminada é em Portugal a mais elevada da Europa.

De acordo com o especialista, desde 2003 que os atestados de óbito deixaram de ser totalmente confirmados, voltando a surgir causas indeterminadas, por estigma da doença, razões religiosas ou outras.

Tentar travar a incidência da depressão e consequentemente do suicídio é o objectivo da Aliança Europeia Contra a Depressão (EAAD - sigla em inglês), cuja implantação em Portugal começou no ano passado, iniciando-se agora o programa no terreno.

O programa, que se desenvolve em 16 países europeus, está a desenrolar-se nos concelhos de Cascais e Oeiras e está previsto alargar-se ao resto do país.

Com o objectivo de detectar precocemente a depressão e de optimizar a prestação de cuidados a doentes deprimidos, o projecto da EAAD desenvolve-se em quatro fases: Formação e cooperação com a comunidade médica, relações públicas, cooperação com parceiros e oferta de apoio a doentes e familiares.

Desde Novembro que foram já formadas cerca de 60 pessoas, entre pessoal médico e de enfermagem, o que corresponde a um quarto do universo total dos centros de saúde dos dois concelhos-alvo.

O projecto evoluirá para a formação e sensibilização da comunidade, como seja professores, padres e associações. No campo da oferta de apoio a doentes e familiares, é intenção criar um «cartão de emergência» informativo para pessoas que já tentaram o suicídio.

De acordo com Ricardo Gusmão, este cartão fornecerá os contactos das instituições que poderão ajudar a pessoa em risco.

Só o Hospital S. Francisco Xavier, para onde são encaminhados os doentes psiquiátricos de Cascais e Oeiras, recebe diariamente entre quatro a cinco parasuicídios (tentativas falhadas).

O projecto vai também avançar na promoção de cartazes, spots publicitários, panfletos informativos, brochuras com informação do género: «A depressão pode atingir qualquer pessoa em qualquer momento», «A depressão tem tratamento» e «Nós podemos ajudar».

Portugal recebe, para 30 meses, 56 mil euros da União Europeia, mas o projecto custa 90 mil, sendo que a diferença será suportada por outras entidades nacionais, exceptuando donativos da indústria farmacêutica, sublinhou Ricardo Gusmão.

Este projecto é realizado nos mesmo moldes de outra experiência feita em Nuremberga (Alemanha), que em dois anos conseguiu reduzir a taxa de suicídio em 20 por cento (um quinto).

Fonte: Lusa/SOL

15 Novembro 2007
Apenas um terço das pessoas com depressão está a ser tratada por um psiquiatra. Os restantes casos não costumam ser diagnosticados como depressão pelo médico de clínica geral e muitas vezes acabam com a pior das consequências. Uma convicção baseada no facto de 70% dos que colocaram fim à vida, em média, terem procurado o médico de família seis semanas antes desse acto.

Estas foram algumas das conclusões apresentadas ontem de manhã, na palestra "Antidepressivos e suicídio", no âmbito do III Congresso Nacional de Psiquiatria que decorre até amanhã no Estoril.

Moderador da sessão, Daniel Sampaio sublinhou, no final, para o JN, que "existe uma ligação entre a depressão e o suicídio", já que "cerca de 15% dos doentes com depressão grave apresentam problemas nesse sentido. Ou seja, tentam fazê-lo ou fazem-no.

Recorrendo à "regra do sete", uma fórmula comum entre médicos para expressar a dimensão de uma determinada realidade, "um em cada sete doentes que eram portadores de depressão grave cometeram suicídio". Algo que pode ser evitado se a doença for diagnosticada por um especialista e tratada em tempo útil. "Os médicos de família têm dificuldade em reconhecer a depressão grave e em tratá-la com eficácia", disse ao JN.

Um dos oradores questionou se os antidepressivos podem precipitar condutas suicidas, em especial nos adolescente, por tornarem a pessoa mais activa e logo mais impulsiva.

Essa é uma ideia errada, foi a conclusão, pois se não se tratar a depressão é que há mais probabilidades do desfecho ser o indesejado.O problema só existe se forem doentes bipolares em que a doença não foi ainda diagnosticada. Se estiverem com uma depressão e tomarem anti-depressivos poderão piorar.

Fonte: Jornal de Notícias - 15.11.2007

31 Outubro 2007
O Plano de Prevenção de Suicídios nas Forças de Segurança, que é hoje apresentado em Lisboa, defende uma linha telefónica SOS comum à GNR e PSP e o reforço na avaliação da personalidade dos candidatos às polícias, escreve a Lusa.

De acordo com uma síntese do Plano de Prevenção, a que a agência Lusa teve acesso, a taxa média de suicídio nas forças de segurança nos últimos cinco anos é ligeiramente inferior à registada na sociedade civil, que corresponde a 11,7 casos por cada 100 mil habitantes.

Já este ano ocorreram seis casos de suicídio - cinco na GNR e um na PSP - o mesmo número do que em 2006, de acordo com dados do estudo, que adianta ainda que desde 1998, 48 elementos das duas forças de segurança se suicidaram, a maioria utilizando armas de fogo.

A criação de uma linha telefónica SOS comum às duas forças de segurança, que permita a identificação de situações de risco de suicídio e possibilite uma acção imediata nesse contexto é uma das medidas prevista no Plano.

Outra das medidas visa reforçar a avaliação dos traços de personalidade na selecção dos candidatos e proceder à sua reavaliação no final do curso e durante o primeiro ano de serviço.

Também ao nível da prevenção, o Plano defende avaliações periódicas e aleatórias, relativas ao abuso de álcool e outras substâncias.

No Plano, que foi elaborado com os contributos da PSP e GNR, é defendida a criação de procedimentos e normas de referenciação de doentes em risco para os gabinetes clínicos de psiquiatria e psicologia das duas forças.

Além da articulação dos recursos existentes na GNR e PSP com os departamentos de psiquiatria e saúde mental do Serviço Nacional de Saúde, o Plano defende ainda uma maior articulação entre o serviço social e os gabinetes clínicos das duas polícias.

O Plano prevê igualmente a restrição do uso de arma aos elementos a quem forem identificados factores de vulnerabilidade psíquica que indiciem risco de suicídio.

Nestes casos é defendido que as funções do agente sejam redefinidas de forma a reduzir os factores de stress.

De acordo com a caracterização feita neste plano, o suicida nas forças de segurança é do sexo masculino, tem entre os 23 e os 35 anos e possui o ensino obrigatório ou a frequência do ensino médio.

Em relação aos antecedentes pessoais dos suicidas, a maioria era considerada pouco comunicativa, com mau relacionamento familiar e com hábitos de consumo excessivo do álcool.

56 por cento dos suicidas apresentavam uma patologia psiquiátrica

Segundo os dados disponíveis, 56 por cento dos suicidas apresentavam uma patologia psiquiátrica, sem tratamento.

78 por cento dos suicídas sofreu alterações recentes no trabalho

Em 78 por cento dos casos, os elementos das forças de segurança que se suicidaram tinham tido alterações recentes de hábitos, nomeadamente no trabalho.

Arma de fogo para pôr termo à vida

Nos últimos seis meses de vida, refere o Plano, 78 por cento dos indivíduos em causa idealizou o suicídio, quase metade fizeram um pedido de ajuda e todos utilizaram armas de fogo para porem fim à vida.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o suicídio encontra-se entre as cinco principais causas de morte na faixa etária dos 15 aos 19 anos e a segunda causa de morte entre os 15 e os 24 anos.

No início deste século foram contabilizados cerca de um milhão de suicídios por ano, calculando-se que em 2020 esse valor aumente para 1,5 milhões.

Em Portugal, no final do Século XX, a taxa de suicídio era de cinco por cada 100 mil habitantes, passando para 12 em 2003.

Fonte: Portugal Diário
publicado por Hugo Jorge às 12:24

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